As doenças cardiovasculares, como a aterosclerose, comprometem as artérias do corpo, provocando entupimento, e trazem consequências sérias para a saúde, como o infarto agudo do miocárdio, o Acidente Vascular Cerebral – AVC, e até amputações, quando ocorre nas artérias periféricas – especialmente as localizadas nos membros inferiores.
A aterosclerose é ocasionada por inúmeros fatores e, até hoje, não se conhece uma única causa para explicar seu aparecimento. Porém, sabe-se que os fatores de risco são: colesterol elevado, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo e idade avançada, além de aparecer com mais frequência em pessoas do sexo masculino. Mas outros fatores seguem em estudo.
Apesar do colesterol ser uma substância de origem animal, certas gorduras vegetais como cacau e óleo de palma acentua a produção e seu armazenamento. E o Dr. Abilio Augusto Fragata Filho, cardiologista do Hospital Santa Cruz, afirma que o colesterol tem importância significativa no aparecimento da aterosclerose. “Há três tipos de colesterol: LDL, HDL e VLDL. Mais agressivo, o LDL é chamado de colesterol ruim e facilmente se deposita na parede das artérias, ocasionando progressiva obstrução. Quanto maior seu nível no sangue, mais grave é o quadro. O VLDL também agride a artéria, com menor potencial. Já o HDL faz com que o colesterol seja eliminado das artérias, por isso é conhecido como o colesterol bom. Quanto maior for o nível sanguíneo do HDL, mais protegida está a artéria”.
As Sociedades Internacionais de Cardiologia e também a Sociedade Brasileira de Cardiologia estabeleceram os níveis desejados de LDL, HDL. Eles dependem das condições do paciente, da associação de vários fatores de risco e se já ocorreu algum evento ou sintoma importante, como o infarto ou dor no peito.
Os níveis desejáveis são:
- Colesterol total – menor que 190 mg/dl (miligramas por decilitro);
- HDL – maior que 40 mg/dl.
- LDL – Neste caso, é preciso observar qual a gravidade do paciente e os valores a serem atingidos são:
- Baixo Risco – menor que 130 mg/dl;
- Risco Intermediário – menor que 100 mg/dl;
- Alto Risco – menor que 70 mg/dl;
- Risco Muito Alto – menor que 50 mg/dl.
Mas como diminuir os níveis de colesterol?
O exercício físico regular e a observação da dieta são indispensáveis, por isso os alimentos mais ricos em colesterol devem ser usados com moderação nos casos diagnosticados como brandos ou evitados com mais rigor nos graves. O acompanhamento com especialistas contribuirá nas escolhas de forma consciente e com sabedoria.
ALIMENTOS
Entre os alimentos que o consumo deve ser reduzido, pois são mais ricos em gorduras que alteram o metabolismo e provocam maior armazenamento do colesterol estão:
- Carnes gordurosas (costela, picanha, contra-filé e pernil);
- Frutos do mar (camarão, lula, polvo, marisco e lagosta);
- Margarinas duras;
- Embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, salame);
- Bacon;
- Torresmo;
- Banha de porco;
- Azeite de dendê;
- Leite integral e derivados;
- Queijos amarelos;
- Biscoitos amanteigados e croissant;
- Aves com pele;
- Vísceras (coração de frango, miolo e fígado);
- Doces com cremes e chantilly;
- Chocolate ao leite;
- Polpa e leite de coco.
Os alimentos que colaboram com o saudável metabolismo das gorduras e diminuem o LDL são:
- Verduras e legumes;
- Frutas, em especial o abacate;
- Cereais integrais;
- Aveia;
- Laticínios desnatados;
- Peixes ricos em ômega 3 (salmão, sardinha, anchova e atum);
- Azeite de oliva;
- Azeitona;
- Óleos vegetais (soja, milho, girassol, canola e azeite de oliva);
- Linhaça;
- Oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, amendoim).
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