Drª Lilian Kanda fala sobre dados relevantes da obesidade no Brasil.
Dois em cada dez brasileiros sofrem de obesidade. Os números alarmantes fazem parte de uma pesquisa, encomendada em 2019 pelo Ministério da Saúde à Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
Desde o início do monitoramento, em 2006, esse índice passou de 11,8% para 20,3% no ano passado, um expressivo crescimento de 72% de pessoas que apresentam obesidade no país.
Em conversa com o Portal da Revista do Hospital Santa Cruz , a Drª. Lilian Kanda, Endocrinologista do Hospital Santa Cruz, explica que a obesidade é causada pelo desequilíbrio entre o que se come e o que o organismo gasta de energia. Em 40% a 70% dos casos, essa equação depende de fatores genéticos e hereditários, mas a ingestão excessiva de alimentos, os problemas hormonais (ex. o excesso de cortisol, distúrbios tireoidianos ou de insulina no organismo), ou a adoção de um estilo de vida sedentário contribuem para essa significativa expansão da obesidade.
“Essa é uma doença que se manifesta rapidamente na população através de fatores determinantes da vida moderna, como os maus hábitos alimentares, estresse e sedentarismo, uma fórmula extremamente perigosa. O consumo de ultraprocessados (bolachas, salgadinhos, sucos artificiais, refrigerantes, entre outros), alimentos in natura sendo preteridos aos alimentos gordurosos e frituras, e o uso demasiado de automóveis em vez de caminhadas (falta de práticas de exercícios físicos), estão entre os principais causadores do aumento da população de obesos”, conta a especialista.
O excesso de peso pode resultar em alterações osteomusculares, que causam dor quando a pessoa se exercita ou realiza tarefas rotineiras, dificultando ainda mais o emagrecimento. Existem formas de cuidado que promovem uma melhor qualidade de vida ao grupo de pessoas com obesidade.
“A redução de 10% do peso já melhora 95% das alterações metabólicas, como a hipertensão arterial, o diabetes, colesterol elevado, e a presença de gordura no fígado. Para isso, um acompanhamento médico com mudança na alimentação, orientações de atividade física, exames para a detecção e controle de algumas alterações hormonais, e até mesmo o uso de medicamentos, pode ajudar. O emagrecimento reduz a chance de problemas osteomusculares por sobrecarga das articulações de joelhos e coluna, e pode reduzir a dor crônica”, conclui a Endocrinologista do Hospital Santa Cruz.
Agende sua consulta no Hospital Santa Cruz no telefone: (11) 5080-2002
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